A Segunda Criança
Me empresta teu sorriso
tuas pernas incansáveis,
desejo ser criança
ser livre outra vez.
Desperta, minha Maria
e lava os olhos,
o litro está cheio,
vai brincar no quintal
faz pra mim um açude
do tamanho do mar.
Deixa, Maria,
teus pés de anjo
sentir os terreiros
dos véi teu avô
e pula na poça
molha o cabelo
mas antes, menina
cerra os pau do pulêro.
Depois entra, Maria
entra ligeiro
que a terra tá quente
que a noite vem vindo
descendo a ladeira.
Puxa, Maria
minha pequena esperança
me deixa ser criança
outra vez em você
rumbora, sertana
não me deixa crescer!
ONO
Nenhum comentário:
Postar um comentário