Deus das Salas
Tu que crias vilões, heroes, lendas; que revelas ou ocultas o óbvio; onipotente deus!
Antagonicamente juntas e afastas familias; dominador de rotinas; senhor das horas.
Lá no teu estranho mundo, onde é possível separar os bons dos maus, e o bem sempre triunfa.
Determinas em qual momento vidas começam; cativa-os, dando-lhes pequenos fragmentos de felicidade; inserindo em suas existências o auspício de dias especiais.
Rostos em pranto; gargantas apertadas por um sofrimento que não é real. Enquanto vós, garoto das ruas, sequer sóis notado.
Olhos que pedem socorro; almas agonizantes, mergulhadas no mar da desesperança... No entanto, ninguém se importa. O deus das salas não te citou.
Neste momento, enquanto ocorre mais um final feliz, outro índio morre queimado.
Erich Gerhardt
Erich Gerhardt
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